domingo, 25 de julho de 2010

Enquanto a sopa ferve, balanço das férias...

Bom, queridos 2 leitores do meu blog. Acredito que são dois, talvez porque eu seja bipolar e leia o blog duas vezes. Hoje estou aqui para decretar que as férias de julho, tão aguardadas e desejadas, chegaram ao fim. Não havia nem comentado que elas tinham começado, mas decreto o dim da mesma forma. Acabaram as dormidas até as horas que os olhos abrem, acabaram as farras fora do lugar. Mas acho que estas férias merecem um balanço geral, para sabermos o que verdadeiramente aconteceu.
Pra mim, as férias foram bastante produtivas, não somente por conta da UnB que não para nunca, mas também porque consegui colocar em dia algumas coisas (ainda faltam outras milhares). Nestes 15 dias, fiquei mais velho, e a depressão não conseguiu se apossar completamente de mim, afundei-me nos estudiosos russos, tanto no que diz respeito à Literatura, com seu "vermelho" Bakhtin, quanto na Linguística, com os doidões (além do Mattosão, claro). Além disso, descobri, em um determinado momento, que estava ficando mais inteligente por isso, mas descobri que, quanto mais estudo, mais eu preciso estudar... Que droga... Nem guento mais, mas quero é mais.... Ah sim, claro, rolaram altas farritas, massas, diga-se de passagem, mas acho que é isso.
Em homenagem às aulas que retornam amanhã, coloco uma música do grande, enorme Vinícius de Moraes, cantada, claro, por Bethânia. É um samba que propõe o que penso pra esse tempo que temos pela frente: Samba da benção.

Beijos e abraços.


domingo, 18 de julho de 2010

Voltei...

Bom, em ritmo de férias, deixei de postar muito, hahahahaha....
Mas tudo é perdoado durante as férias e por isso me perdoo... Hoje, vou falar um pouco mais do que nos outros dias, ou melhor, vou dar algumas opniões acerca de dois filmes que vi agora durante as férias. O primeiro, na verdade, é um documentário chamado "Senhor, salvai-nos dos teus seguidores", de um cara que eu não lembro o nome. Encontrei esse filme por acaso e decidi assisti-lo. Doce surpresa. O documentário foi feito por um cristão americano que decidiu analisar, por incrível que pareça, de maneira um pouco mais afastada, a situação de perseguição dos cristãos e, mais ainda, a que os próprios cristãos fazem. Tema bastante complexo e, definitivamente, difícil de ser debatido. O que mais me chamou a atenção foi o olhar dual do documentário, que buscou ver os dois lados da coisa. É bem interessante perceber que o documentarista discutiu exatamente a falta de diálogo entre todos. Vale conferir.
O segundo filme é o Invictus, que com certeza todos já ouviram falar. Apesar da visão bem americana de quase canonização de Mandela, vale a pena assistir, pois percebemos algumas mudanças e posturas importantes dentre os personagens. Além disso, vale o poema vitoriano, de Henley... Coloco-o abaixo, para que continuemos Literariamente vendo a vida...

Abraços

Invictus



Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini


Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Eu disse que voltava...

Eu disse que voltava e aqui estou eu...
Agora, tava ouvindo umas musiquinhas boas, com a Bethânia e decidi partilhar...
Seguem as duas...




Preciso mesmo me lembrar que tenho um blog.....

Preciso mesmo lembrar que tenho um blog!
Hoje, passado o famoso "Inferno Astral", no qual eu deposito pouca fé, mas reconheço que ele, em alguma quantidade exista, venho colocar um post rapidinho, me comprometendo a, pelo menos nas férias, dar uma atualizadinha por dia. Sei que a correria da UnB me deixará meio grogue, mas topo o desafio. Ontem, como muitos sabem, ou não, foi o meu aniversário, né? Dias e mais dias de comemorações, e o 3.2 chegou avassalador... Mas estou me dando bem com ele. Ouvindo um cd que ganhei, lendo um livro também ganho... Coisas boas.
Mas o melhor de tudo, foi conseguir juntar uma galerinha massa nos três dias do Wagner Fest Folia, como decidiram apelidar a minha sede por comemorar o incomemorável, se é que essa palavra existe. Depois de muita comilança e bebelança, essa eu sei que existe, fechei meu aniversário em meio aos amigos. Que coisa boa essa. Por isso, com minha inspiração Literária pulsante por culpa de minha orientadora, venho com um poeminha de Vinícius, o primeiro abaixo, e outro de Machado de Assis, bom pelo menos contam que é dele, em homenagem aos meus amigos...

Abraço


Soneto do amigo


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


BONS AMIGOS



Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!


Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

sábado, 3 de julho de 2010

Tenho que lembrar que tenho um blog...

Pois é, eu sempre tenho que me lembrar que eu tenho um blog. Lembrar-me disso significa atualizá-lo com uma certa frequência, não é? Pois bem, em meio à correria, encontrei mais um tempinho pra isso. Tirado do meio da leitura pela Copa do Mundo, que ontem muito me entristeceu, decidi sentar-me ao computador e escrever um pouquinho.
Enquanto minha mente vagava pelo que deveria eu escrever, lembrei-me de que, daqui uma semana, ou um tiquinho a mais, é meu aniversário. Nunca acreditei nessa história de Inferno Astral antes de um aniversário, mas essa semana foi, verdadeiramente, infernal, hehehehe... Como diria minha mãe, "Infernal não, filho, abençoada"... Coisas de mamãe. Pois bem, não sei ao certo se é infernal ou não, mas sei que estou, mais uma vez, no meio da crise do aniversário. Fazer 32 anos é muito complicado, pois parece que foi ontem que eu fiz 18, uai. Apesar do corpinho de 31, sempre que esse tal aniversário se aproxima, sou levado a pensar em muitas coisas. O que fiz, o que não fiz e o que deveria ser feito.
Mais uma vez, apelei para o meu querido Drummond e pensei que, talve, ele pudesse me ajudar a entender melhor essa história de completar anos. Sempre a tal da Literatura tentando me ajudar a compreender o que é a vida, ou simplesmente buscando me dar mais no que pensar. Fui atrás e encontrei esse poeminha que seguirá abaixo. O que poderia eu dizer depois de lê-lo? Acho que mais nada... Pois bem... Essa semana, acho que estarei com esse tema em mente: meu aniversário. Não sei se comemorarei ou não... Sei que estarei lá, no dia 12, completando 32.... Aiai... Que coisa essa...
Ainda hoje, é capaz de eu pensar em mais alguma coisa pra postar... Ou não, sabe-se lá, não é?


Poema de Aniversário


Procurei no dicionário,
Com paciência e cuidado,
O real significado
Da palavra aniversário.
Aquele livro pesado,
Mestre dos visionários,
"Pai dos burros" batizado,
Pareceu-me sectário,
Ao responder meu chamado.
Deveras decepcionado,
Joguei o meu dicionário
Na estante, empoeirado,
Para pregar, solitário,
O meu significado
Da palavra aniversário.
Diz assim, o verbete lendário,
Ontem, por mim criado:
"Aniversário: Espécie de relicário,
Muitíssimo bem guardado
Nas folhas do meu diário,
Dos versos que eu escrevi,
Com todo amor, e não li,
Durante o ano passado."